REVISTA PASSE

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domingo, 20 de setembro de 2009

ATÉ QUANDO ESPERAR A PLEBE AJOELHAR....

Até quando vamos esperar a “Justiça”? Até quando vamos clamar pela “Justiça”? As pessoas que perdem um ente querido e correm para as lentes da TV, clamando por Justiça, muitas vezes são as mesmas que pedem alívio para os malfeitos de seus filhos. Mais uma vez um motorista irresponsável ceifou a vida de um inocente. O médico mineiro que assumiu o risco de matar e ferir pessoas, em uma fuga alucinada e cinematográfica pelas ruas de BH, um irresponsável que em longos minutos de perseguição causou terror pelas ruas desta Capital. A sociedade assiste estarrecida e rapidamente se veste de toga, para julgar e condenar o infrator. Sim! Merece "pena" o criminoso (criminoso é aquele que pratica crime: Dirigir embriagado é crime. Matar ao volante mais ainda), mas é incoerente o clamor popular. É a mesma população que se diverte em vídeos de bêbados “inocentes” no You Tube. A mesma população que lota bares, restaurantes, salões de festas, boates e não tem a mínima vergonha de ceder entrevista na TV e falar que Bebe, continuará bebendo e caso seja parado em uma Blitz, negará veementemente soprar o bafômetro. Não é o caso de ditar uma Lei Seca pra toda a sociedade, mas não podemos continuar suportando motoristas embriagados “assassinando” pelas ruas impunemente. Basta freqüentar bailes de Formatura ou casas noturnas para perceber que as pessoas utilizam bebidas alcoólicas ( e com extremo exagero) e “pilotam” seus veículos em seguida, com a “convicção’ de que nada demais irá ocorrer, ou com “piadas” prontas e infelizes. A sociedade aceita, ri e considera branda tal infração, até o momento que um desses “bêbados engraçados” mata um ente querido SEU. Ai perdemos a graça e consideramos tudo criminoso e hediondo. O mesmo bêbado que matou a doméstica na calçada do bairro Prado, matou o empresário na contramão da Raja Gabaglia e tantos outros ao longo dos últimos anos. É o mesmo que dançou de pijama e alegrou o cotidiano de “nós” cidadãos de bem. É o mesmo bêbado que abraçou o pai e a mãe na saída de uma festa e disse que não tinha problema, “pois o carro dirige sozinho”, arrancando gargalhadas de uma platéia de co-autores. É o mesmo bêbado que estava brincando e provocando risos, horas antes de MATAR. É o mesmo tipo de bêbado, que no último sábado, jogou o veículo contra o meu, novamente na contramão da Raja Gabaglia. Sorte que eu não bebo e consegui sair da pista, sem maiores conseqüências. Não consegui nem ao menos ver a placa do infeliz, e me restou apenas ficar feliz no dia seguinte, ao constatar nos jornais que aquele irresponsável não havia atingido nenhum empresário, que tivesse a infelicidade de cruzar o seu caminho. O fato narrado foi no mesmo trecho em que UM BÊBADO matou o empresário, no início de 2008. O infrator na contramão deste último sábado felizmente chegou em casa sem causar maiores transtornos. Abraçou seus entes queridos e aplacou as preces de uma mãe aflita, que roga a um possível Santo protetor dos “bebuns”. Mas até quando ele terá essa sorte? Não! Não existe tal entidade protetora de Motoristas bêbados/irresponsáveis e as estatísticas provam isso. Fora os casos famosos, que ganham grande repercussão na Mídia, existem centenas de outros, semanais, que mutilam pessoas e, nos casos mais brandos, provocam prejuízos materiais a terceiros. Sim! Crime Doloso, Premeditado e Extremamente Evitável. Todos nós assistimos e acompanhamos os vários dramas sofridos por familiares de atropelados e atropeladores, mas muitos insistem em abusar da bebida e assumir a direção de um artefato de aço, com protuberâncias capazes de produzir ferimentos corto – contusos e causar a MORTE. Faca e automóvel: ambos são artefatos úteis e inocentes, essenciais para o Homem moderno, mas que podem ceifar vidas na mão de CRIMINOSOS. Toda pessoa alfabetizada, que foi capaz de passar por um processo de aquisição de Habilitação, sabe, e tem total consciência que CARRO mata, portanto assumir o veículo em estado de Embriaguez é assumir o RISCO DE MATAR. Portanto é CRIME doloso e PREMEDITADO. “Pré meditar”= Pensar antes. Se vejo inúmeros casos de ASSASSINOS EMBRIAGADOS AO VOLANTE e mesmo assim DIRIJO EMBRIAGADO, sim premeditei tal ato. Tive tempo mais do que suficiente para PENSAR MELHOR antes e não ficar chorando depois, alegando inocência... Até quando considerar inconstitucional a obrigação de soprar um bafômetro? Seria constitucional matar e não ser punido? Seria também inconstitucional solicitar qualquer outro dever ao cidadão? Seriam infinitas as implicações e opções: “Não vou mostrar minha CNH seu guarda, pois não sou obrigado a fornecer prova contra mim mesmo. Minha categoria é A e eu estou dirigindo uma Carreta.” “Não! Não vou passar pelo detector de metal, pois estou escondendo uma Bazuca e não quero fornecer prova contra mim mesmo.” “Não! Não vou ceder sangue para teste de paternidade” OPS! Como pode a lei imputar paternidade a um “pai” que nega sangue, mas não pode fazer o mesmo com um embriagado irresponsável que mata ao volante. Que lei incoerente é esta? Mas antes de julgarmos as leis, devemos nos preocupar com os infratores da lei, pois nada adianta leis fortes se a Cultura irresponsável continuar vigorando. Nada adianta tomar a CNH do infrator, (como roga a Imprensa simplista) uma vez que os infratores muitas vezes, reincidem com ou sem CNH. Precisamos punir e deixar claro que aquele que assume um volante sob o efeito de álcool ou drogas, está DOLOSAMENTE assumindo a intenção ou possibilidade de MATAR um ser humano. E matar ser humano é crime, salvo nos casos em que a Constituição resolver revogar. Antes de Justiça, devemos rogar por CIDADANIA e CONSCIÊNCIA. Aquele que anuncia ao repórter, com sorriso irônico, que jamais cederá prova contra si mesmo, brandindo um copo de chope em uma das mãos (em uma roda alegre de amigos, posando para o noticiário das oito); muitas vezes é o primeiro a entoar um choro sofrido diante das câmeras, clamando por Justiça, quando uma filha pequena é atingida na calçada, por outro bêbado sarcástico e “inofensivo”. Não! Eu não bebo mais. Gostaria que os Bêbados (que têm todo o direito de tomar os seus pileques, desde que não dirijam depois) tivessem pelo menos a hombridade de assumir seus atos e pelo menos soprar o bafômetro, por que é ridículo negar o que está estampado na cara. BEBA, mas ao fazê-lo não DIRIJA, pois um dia poderá cruzar com um descrente de Justiça e paciência. E lembre-se: C... de bêbado não tem dono.

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